terça-feira, 20 de março de 2012

ROMARIO SURPREENDE

Uma agradável surpresa a entrevista do Romário às páginas amarelas da VEJA esta semana. Recomendo a leitura na íntegra. Abaixo, os principais trechos:
 
"Evito frequentar os mesmos lugares que os políticos. Na verdade, fujo deles. Não é por nada, não, mas com exceção de um ou outro, prefiro esbarrar com essa turma só mesmo nos corredores do Congresso."

"Fiz amizade com um pessoal, mas, vou lhe dizer uma coisa, ali só uma minoria de gente vale a pena conhecer. De mais de 500 deputados, uns 400 não querem saber de nada. Nada mesmo. Dão as caras, colocam a digital para marcar presença e se mandam. Vejo isso o tempo todo. Virou cena tão comum que ninguém demonstra um pingo de constrangimento em fazer o teatro."

"O debate não segue uma linha lógica de raciocínio porque a maior preocupação ali é dar show para a televisão."

"No Brasil, falou que é político, as portas se abrem na mesma hora."

"Tem cara famoso ali só esquentando cadeira. Nunca dá o ar da graça no plenário nem faz nada de útil. Até daria nome aos bois, e olha que não são poucos, mas, sabe como é, daqui a pouco preciso do apoio de um e outro e acabo pagando caro pela língua."

"O que mais tem no andar de cima é gente que não se coça para nada, quando não sai por aí se metendo em pilantragem."

"Sinceramente, se aparecesse um Romário na minha frente, não conseguiria aturar o cara."

"O Adriano gosta de voltar para as raízes. Prefere viver na comunidade a morar no Leblon. Aliás, comunidade não. É favela mesmo. E ali, claro, tem mais risco de se envolver com problemas. Eu às vezes visito a favela onde nasci, o Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, mas prefiro viver na Barra da Tijuca, com a rede de futevôlei a dez passos do meu apartamento e do lado do shopping onde compro meus ternos Armani."

"Se o próprio pai age com preconceito, escondendo a criança [com síndrome de Down], ela vai ter pouca chance de ter uma vida legal. Sei de muitos pais que rejeitam o filho com Down, a ponto de não saírem de casa com ele. Pagam uma babá e deixam a criança de lado, como se não fosse sua. Depois que comecei a me envolver nesse mundo, descobri umas celebridades que têm filhos assim e jamais trouxeram o assunto à tona. Não dou os nomes por respeito, mas acho uma pouca-vergonha."

O que muda na CBF com a renúncia do presidente Ricardo Teixeira? "Nada. Basta dizer que o novo presidente, o José Maria Marin, surrupiou uma medalha dos meninos do Corinthians na caradura. Botou no bolso e levou para casa. Não tenho nenhuma ilusão. Trocamos um ruim por outro pior. Que diferença faz? Eu nunca escondi minha aversão à figura do Ricardo Teixeira e não é agora que vou dar uma de elegante."
"A Copa até vai sair do papel, mas vão erguer uns puxadinhos aqui, fazer umas maquiagens ali. Tudo mais caro do que deveria por causa da pressa. Muita gente se beneficiará disso. Pode escrever. Vai chover obra emergencial sem licitação e a corrupção vai correr solta. Como deputado, pretendo acompanhar o processo de perto e escancarar a bandalha."

Boa, peixe! Espero que use a língua afiada para colocar a boca no trombone mesmo. A política nacional é uma piada de mau gosto. Quanto menos recursos passar pelo estado, melhor! Precisamos de menos política e mais mercado.

Sobre a Copa, aproveito para recomendar meu
vídeo fazendo campanha para a Fifa tirar o evento do Brasil.

Posted by
Rodrigo Constantino

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