segunda-feira, 16 de abril de 2012

Plantio de maconha em grande escala passa em referendo na Espanha




De Roma, exclusivo para o Portal Terra.

A mídia televisiva, ontem, esteve em peso na Catalunha (Espanha). Mais especificamente em Rasquera, a primeira cidade espanhola a se declarar irremediavelmente quebrada financeiramente.
Além de jornalistas de países da União Europeia em dificuldades econômico-financeiras, e com as bolsas de valores em queda (a Bolsa de Milão ontem foi a que mais caiu e a mídia italiana se agitou), estavam presentes em Rasquera, para surpresa geral, enviados da Coreia do Sul e do mundo árabe — a erva canábica é muito difundida no Líbano. Vale lembrar que o Marrocos (não o Afeganistão como procuram sustentar por interesse geopolítico os 007 da CIA) é o maior produtor mundial. Para se ter ideia, o Produto Interno Bruto do Marrocos (PIB) é dependente da maconha, do haxixe e do óleo canábico. Levantamentos mostram que 96 mil famílias marroquinas dedicam-se e dependem economicamente do cultivo da erva. No Vale do Rif, principal região de produção, são cultivados 120.500 hectares de maconha. Para a Europa, o Marrocos envia 2.700 toneladas de maconha e derivados.

Com a cidade de Rasquera quebrada, os moradores pressionaram os seus representantes e saiu, ontem, um referendo vinculante sobre se admitir o plantio, em grande escala. Isso para venda destinada ao consumo lúdico-recreativo.
Na madrugada de hoje, já se comemorava o resultado: 56% de aprovação. O referendo não foi realizado com base em sonhos e fantasias. Uma área certa, empregada até agora no plantio de oliva, será destinada ao cultivo canábico.

Mais ainda, já existe cliente certo para a aquisição da produção da maconha. O comprador será a Associón Barcelonesa Canábica de Autoconsumo (ABCDA). Uma associação com mais de 5 mil sócios registrados (maconheiros de carteirinha) que pagam a mensalidade pontualmente.
A ABCDA já havia assinado contrato que estava apenas condicionado ao resultado do referendo. Nele existe cláusula expressa de que, nos primeiros dois anos, serão pagos 1,3 milhões de euros. De pronto, serão criados 40 postos de trabalho diretos.

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