segunda-feira, 21 de maio de 2012

Comissão da vingança






Osmar José de Barros Ribeiro



No dia 17 de maio de 2012, foram assentadas as bases para a ereção de um monumento à hipocrisia: a posse, em ato solene, dos integrantes da Comissão da Verdade, que deveria ser chamada de Comissão da Mentira ou, até com mais propriedade, de Comissão da Vingança.No entanto, quase às lágrimas, embora reconhecendo e valorizando os pactos políticos que nos levaram à redemocratização, na cerimônia a presidente da República mentiu ao afirmar que respeita e venera os que lutaram pela democracia enfrentando bravamente a truculência ilegal do Estado. É seu direito admirar quem ela quiser. No entanto mentiu, porque nem ela nem os que praticaram assassinatos, assaltos, sequestros, roubos, torturas, mutilações e toda uma série de outros crimes, nunca, em momento algum, teceram odes à democracia. Muito pelo contrário, em seus panfletos e publicações, sempre fizeram praça do desejo de implantar o regime comunista no Brasil.



Mentiu porque o que chamou de truculência ilegal do Estado, transmitindo a impressão de que à época vivíamos sem um mínimo de liberdade, é a mesma truculência que os organismos policiais empregam hoje no combate à marginalidade que infesta as nossas cidades. Quando dos governos militares, os direitos individuais foram totalmente respeitados, num ambiente de segurança e de concórdia. O que não era admitido: a pregação e a prática da subversão da ordem, tal qual vem se generalizando no País. Ninguém lembra que o Gen Médici foi aplaudido em pleno Maracanã, estádio onde o povo, segundo Nelson Rodrigues, vaia até minuto de silêncio, nem que, recentemente, D. Dilma foi vaiada em reunião com pouco mais de dois mil prefeitos.


O que o Estado combateu e venceu foi a truculência ilegal dos grupelhos comunistas, formados por aqueles que admiram e veneram a figura perversa de Fidel Castro e que, literalmente, chegam às lágrimas ao tocar o ,padroeiro-mor da subversão na América do Sul.
É didático, quanto aos meios utilizados, o que aconteceu até a instalação da Comissão da Verdade. Foi um longo e paciente caminho, vencido por obra e graça da cegueira e do imediatismo dos eleitores. Chegada ao poder, a esquerda passou a testar os seus limites. E, lamentavelmente, encontrou pouca ou nenhuma resistência, dando início à sua longamente gestada vingança.
Tudo começou pela busca aos desaparecidos, muitos dos quais ainda estão entre nós, lépidos e fagueiros. Volta e meia, com a cobertura dos meios de comunicação, em geral profundamente infiltrados, o problema era agitado, sempre acusando, embora sem quaisquer provas, os que, no estrito cumprimento de ordens legais, lograram desestruturar os grupelhos anteriormente referidos.



Num segundo momento, à luz dos acontecimentos na Argentina e depois no Uruguai, buscaram a anulação da Lei da Anistia. Para tanto levaram, sem sucesso, a questão ao STF. Mas a pressão continua.
No segundo período governamental de Lula, após várias tentativas e apoiadas pela massa informe da chamada base aliadas, na verdade um bando de mercenários travestidos de políticos, a esquerda logrou a criação da Comissão da Verdade. Ao depois, sob a esclarecida orientação do ex-ministro da Justiça e atual governador gaúcho, além de contar com apoios fundiários internacionais, deu início às pressões populares das quais é exemplo, o Levante Popular da Juventude.



Finalmente, escolhidos os sete componentes da Comissão da Verdade, eis que dois deles derrapam na maionese e abrem o jogo: ... O primeiro passo é o movimento da opinião pública que pode surgir e pode levar o Supremo Tribunal Federal a mudar a sua opinião (validade da Lei da Anistia) (Rosa Maria Cardoso da Cunha)... A lei fala em servidores públicos. Mesmo que tenha havido justiçamento, eles (os subversivos) não eram servidores públicos e não estavam agindo como representantes do Estado (Claudio Fonteles).
Resumindo: está em curso um jogo de cartas marcadas e os que desejavam a vitória do comunismo no Brasil, estão em vantagem. Até quando?


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