terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

AOS PETRALHAS



Certa vez, Nelson Rodrigues escreveu que havia dois tipos de stalinista: o stalinista puro, que defendia abertamente o terror político, muitas vezes de forma cínica, por oportunismo, e o crente sincero no comunismo, que ele admitia que existisse. Não importa, ele dizia, este último também é stalinista, ainda que não o saiba. Talvez até mais stalinista do que Stálin, pois sua crença ideológica está alicerçada na mais completa ignorância, na idiotice mais escancarada.

Assim ocorre também com os petistas. Nem todos se beneficiam da corrupção - um dos articuladores do esquema do Mensalão, José Genoíno, por exemplo, vangloria-se de morar numa casa modesta na periferia de São Paulo, e isso não o torna menos petralha. Pelo contrário: apenas confirma o padrão dos partidos de esquerda, mistos de máfia e seita religiosa. Ainda que não receba um Real dos cofres públicos, o militante petista é cúmplice do maior escândalo de corrupção da História do Brasil. Cumplicidade agravada pela completa estultice.

Outro exemplo: o sujeito que, tendo militado durante anos no PT, decide romper com o partido, pois este, atolado na corrupção e em alianças espúrias, teria se afastado de seus ideais de origem e não seria mais, portanto, "de esquerda". Surge, assim, um outro partido, clamando pela "volta às origens" (que são também as da corrupção)... E assim o ciclo se renova e se repete, ad infinitum. É também uma forma de petismo. Daí porque ser petista continua a ser um excelente negócio.

Qualquer criança sabe que, para cada malandro, há milhares de otários. O PT é uma prova disso. Não é preciso ser um Lula ou um Zé Dirceu para avalizar a roubalheira dos petralhas. Para tanto, basta ser idiota. Basta ser petista.

Postado por Gustavo

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