terça-feira, 26 de março de 2013

O aborto como estratégia de controle social



A decisão do Conselho Federal de Medicina em dar apoio à liberação da prática do aborto até a 12ª semana faz parte de uma estratégia conhecida, que visa aos poucos, avançar ainda mais na flexibilização, até chegar ao 9º mês. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal autorizou o aborto em casos de anencefalia. Fizemos vigília de oração às portas do STF, e em entrevista ao G1 dissemos, na ocasião: "O Congresso não foi omisso em relação ao tema. Já votaram em consonância com o povo, contra o aborto. Começa por anencefalia, depois má-formação e então chega ao aborto aos nove meses." Diante da perspectiva de aprovação do novo Código Penal (que visa ampliar os casos de aborto não punidos pela lei,) os promotores do aborto (conforme as diretrizes do PNDH3) querem chegar a total legalização do aborto no Brasil. Ainda por ocasião da vigília diante do STF afirmamos: "Se aprovar a ADPF-54, o Supremo Tribunal Federal poderá estar decretando em nosso País, uma nova “matança dos inocentes”, na medida em que colabora com os organismos internacionais e agências da ONU, que há anos vem pressionando para impor a legalização do aborto no Brasil e em toda a América Latina. Querem transformar o crime do aborto em direito humano". 




 Agora, o Conselho Federal de Medicina (esquecendo-se do juramento de Hipócrates (1) colabora para a pressão pela legalização gradual do aborto no Brasil, isso quando as pesquisas de opinião demonstram a crescente reprovação do povo brasileiro pela prática do aborto. O fato é que a pressão pelo aborto vem de fora e há tempos, num processo que inclui o aborto como estratégia de controle social.

 


Conjura contra a vida
Há décadas querem impor e generalizar a prática do aborto nos países da América Latina, torná-lo inclusive um direito humano, o direito da mulher torturar e matar um ser humano inocente e indefeso dentro de seu próprio ventre, o direito de eliminá-lo com substâncias salinas, succioná-lo, quebrar-lhe os ossos e privá-lo do direito de nascer e ser acolhido como pessoa. Para isso, os promotores do aborto usam de todos os artifícios e ardilosidades, ocultando pérfidas intenções e interesses sombrios.
A questão do aborto está inserida no contexto do controle demográfico. Os especialistas que fundaram o Conselho Populacional da ONU (em 1952), entre eles, Warren Thompson, já indicavam o aborto como estratégia pragmática para conter e até diminuir as populações pobres do mundo. “O extermínio de milhões de nascituros – reconheceu recentemente o papa Bento XVI – em nome da luta à pobreza, constitui na realidade, na eliminação dos mais pobres dentre os seres humanos”.

 


O Conselho Populacional da ONU funcionou como cabeça pensante para gestar a implantação do aborto no mundo, estabelecendo uma política global de controle populacional, em fases distintas. A primeira (1952-1959) teve como mentor o eugenista Frederick Osborn, que investiu no desenvolvimento do DIU. Depois (1959-1968), com o demógrafo Frank Notestein, o Conselho Populacional recebeu apoio da Fundação Ford, que se destacou no financiamento do controle populacional, período este em que foram implantadas fábricas de DIU nos países asiáticos.

Na terceira fase, sob a influência da Fundação Rockefeller, foi feito um forte lobby junto ao governo federal norte-americano para incluir o controle demográfico mundial como um problema de segurança interna dos EUA, resultando, com isso, no documento conhecido como Relatório Kissinger, afirmando explicitamente que “jamais nenhum país conseguiu diminuir a taxa de crescimento populacional sem ter recorrido ao aborto”.
Na quarta fase (de 1978 até hoje), houve uma mudança de estratégia. O que antes era pesado investimento na contracepção, hoje os abortistas passaram a investir na modificação da moral sexual, pois o movimento populacional não conseguia ganhar espaço no governo norte-americano, nem dentro da ONU. Com a mudança de paradigma cultural, buscou-se atacar a moral do aborto, para viabilizar sua aceitação junto à opinião pública. Daí os investimentos na dissidência da Igreja Católica, no movimento homossexual, na educação sexual liberal, etc. A partir de então, a mídia deu evidência cada vez maior ao feminismo radical, especialmente após as Conferências Populacionais promovidas pela ONU, de Bucareste, do México, do Cairo e de Pequim. Hoje, há uma forte pressão dentro da ONU, para reconhecer o aborto como direito humano, intensificando a pressão sobre os governos da América Latina para a sua legalização. Em 2003, mais de 700 OnGs financiadas para promoverem o aborto no mundo, reuniram-se em Londres, estabelecendo a meta de tornar o aborto legal e disponível em todo o mundo, até 2015. O governo brasileiro firmou compromisso com essas metas e está condicionado por elas para fazer de tudo para legalizar o aborto, o quanto antes.Como vemos, a “conjura contra a vida” é um processo de um poderoso sistema (cultural, político e econômico) que age sem que muitos não se dêem conta de estarem sendo vítimas de alienação e manipulação. Agora, temos a oportunidade – com a Campanha São Paulo pela Vida, projeto de iniciativa popular que visa incluir o direito a vida desde a concepção na Constituição do Estado de São Paulo, continuar trabalhando na defesa do direito à vida dos milhões de excluídos, barbaramente torturados e assassinados, para atender a lógica perversa dos poderosos, que agem contrariando o princípio universal de que a plenitude da vida é um direito de todos e um bem para todos.

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