terça-feira, 15 de abril de 2014

Informações ultra-secretas sobre o programa Mais Médicos






Enviado por Rui Reche Barbosa, São Paulo-Capital


Informações ultra-secretas sobre o programa Mais Médicos
Tenho um bom amigo, um colega cubano que também atua em Medicina da Dor. Ele vive em Santiago do Chile há doze anos, para onde conseguiu fugir a duríssimas penas com dois anos de formado (jamais poderá voltar, será para sempre considerado desertor criminoso passível de prisão perpétua). Ele me revelou alguns dados sobre a realidade de ser médico em Cuba. Vamos lá:

VESTIBULAR DE MEDICINA - Jurar fidelidade aos princípios marxistas, conforme interpretados por Fidel. Nada mais é exigido para entrar na Faculdade de Medicina.

SALÁRIO - 36 dólares por mês, desde 1962. Não sofre variações por tempo de serviço, especialização, nível de responsabilidade, ou hierarquia funcional. Uma tremenda motivação para cada médico aprimorar-se ou atualizar-se, com certeza.

STATUS SOCIAL - Nenhum. Valem menos do que um cortador de cana para os irmãos Castro, profissão agraciada com 41 dólares por mês. Ainda assim estão melhores que os engenheiros, que recebem 32 dólares.

A principal moeda de troca de Cuba, que já foi o açucareiro do mundo e que hoje vende menos açúcar do que vendia em 1911, e que já produziu os melhores charutos do mundo mas que, com a redução do tabagismo no mundo
todo (graças a Deus) este setor praticamente faliu, agora são os médicos cubanos. No Brasil, em relação ao Programa Mais Médicos, graças a uma corajosa colega cubana, Ramona Matos Rodrigues, que não mais suportou tanta injustiça, todos nós agora sabemos qual era o salário líquido deles: 960 reais. O restante lhes é roubado, simplesmente, por uma instituição de saúde latino-americana da qual eu jamais havia antes ouvido falar (nem ninguém), que embolsa cada centavo a que teriam direito, do restante do salário prometido de 10.000 reais.

Graças a coragem de Ramona, o salário deles acaba de ser acrescentado com o valor mensal da contribuição para um fundo de garantia, antes descontado e depositado em Cuba, e que agora eles receberão aqui, inteirando 1545 reais de remuneração mensal. Ou seja, não tiveram aumento real, pois não mais verão este dinheiro após voltarem para Cuba, já que adiantar um fundo de garantia não é aumentar salário de funcionário algum, no futuro pode até ser um tremendo tiro no pé, razão pela qual chama-se "fundo de garantia". Mas era isso ou sobreviver com uma ninharia de 960 reais, que todos nós sabemos que no máximo dá para comer feijão com farinha no Brasil.

Quem bolou a maravilha do "Mais Médicos", a pedido de Dilma, foi o Ministro da Saúde Alexandre Padilha (que acaba de deixar o cargo para ser candidato a Governador do Estado de São Paulo).

Com carta branca dela para fazer o que quisesse, cagou e andou para todas as normas e diretrizes de todas as entidades de classe da Medicina Brasileira, atropelando os presidentes e diretores do Conselho Regional de Medicina, do Conselho Federal de Medicina, do Sindicato dos Médicos do Brasil, da Associação Médica Brasileira, e do Comitê de Residência Médica de todas as especialidades. Ato contínuo, cagou e andou para a Legislação Trabalhista Brasileira, cujas leis obviamente configuram o que está sendo feito com os Médicos Cubanos do Programa Mais Médicos como trabalho escravo e total contradição de valores em relação a salário prometido versus salário pago. Dois crimes passíveis de 3 a 8 anos de prisão cada, para qualquer empregador que faça o mesmo.


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