sábado, 10 de maio de 2014

Cubano faz travessia de 4 dias em prancha de windsurf para chegar aos EUA



Quem vai ficar num lugar desses???Cuba = Inferno!!!


O cubano Jorge Martínez decidiu fugir de Cuba rumo aos Estados Unidos de uma maneira inusitada: em cima de uma prancha de windsurf.

Jorge Armando Martínez, de 28 anos, foi encontrado por pescadores no dia 21 de fevereiro nas pequenas ilhas Marquesas Key, ao sul do Estado americano da Flórida, em uma prancha de windsurf.

Os pescadores viram Martínez quando ele agitou os braços, cansados depois de uma travessia de quatro dias que partiu da praia Jibacoa, a leste de Havana, em Cuba.

O cubano sobreviveu à viagem carregando uma garrafa de água e dez balas, atravessando as águas infestadas de tubarões do estreito que separa Cuba dos Estados Unidos.

Martínez estava desidratado, muito cansado, faminto, com bolhas nas mãos e queimaduras de sol pelo corpo. Mas finalmente tinha alcançado seu sonho de chegar aos EUA.

"Meu sonho sempre foi estar aqui; em um país desenvolvido onde existe a oportunidade de trabalhar honradamente e poder viver como uma pessoa", disse Martínez à BBC Mundo em uma praia de Miami, já recuperado de sua aventura.

O cubano passou nove meses aprendendo e se aperfeiçoando no windsurf, estudando o clima do Estreito da Flórida, vendendo tudo o que tinha para se preparar para a travessia.

"Vendi todas as minhas coisas, de onde eu vivia. Fiquei praticamente com minha cama, meu ventilador e apenas com o equipamento com o qual iria fazer a viagem", afirmou.
Decisão

Martínez trabalhava com informática e comércio de joias mas havia muito tempo tomou a decisão de sair de Cuba. Há menos de um ano, decidiu que faria isso com uma prancha de windsurf.

A escolha do incomum meio de transporte ocorreu depois que ele não conseguiu comprar um motor para uma lancha junto com dois amigos - e o fato de ter tido uma filha.

"Tenho uma bebê de um ano e sete meses e foi quando percebi que ela poderia passar fome e necessidades. Eu estava acostumado [a passar fome e necessidades]. Mas a criança não. Eu a via quase sem comida e tinha de buscar uma forma de dar a ela uma vida melhor", disse.

O cubano comprou uma prancha usada por US$ 340 (cerca de R$ 751) e começou a fazer exercícios para conseguir a resistência e a força necessárias para atravessar o mar.

"Nadava, corria para aumentar a resistência, fazia exercícios com pesos na academia e, cada vez que tinha vento, ia para a água para aperfeiçoar minha técnica. Treinei muito forte durante os nove meses, quase sem alimentação (...) Passava muitas horas no mar, desde o meio-dia, quando o vento aumentava, até quase à noite", disse.



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