quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Gleisi recebeu R$ 4,7 milhões das empreiteiras do Petrolão



Além do R$ 1 milhão, apontado por Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff e não declarado na justiça eleitoral, parte da campanha de Gleisi Hoffmann (PT) ao Senado em 2010 foi bancada por empreiteiras envolvidas no escândalo da Petrobras e que teve seus executivos presos nesta sexta-feira, 14. Declarados oficialmente, só das empreiteiras com contratos com o governo e e seus diretores, Gleisi recebeu R$ 3,71 milhões. Na sua prestação de contas, a petista declarou R$ 7,97 milhões arrecadados na sua campanha eleitoral. As doações equivalem à 46,49% das arrecadações de Gleisi. Esse montante deve ser maior, já que Gleisi recebeu mais R$ 2,78 milhões dos diretórios nacional e estadual do PT. E como as doações das empreiteiras costumam representar 75% da arrecadação do PT, estima-se que Gleisi recebeu outros R$ 2,08 milhões de forma indireta das empreiteiras. Somado os dois montantes, as empreiteiras bancaram 72,63% da campanha de Gleisi em 2010.

Detalhando os valores, Gleisi recebeu das seguintes empreiteiras e seus diretores: Camargo Correa (R$ 1 milhão), OAS (R$ 780 mil), UTC Engenharia (R$ 250 mil), CR Almeida (R$ 250 mil), Coesa Engenharia (R$ 220 mil), João Sanches Junqueira (R$ 170 mil), Antonio Sanches (R$ 170 mil), Paulo Francisco Tripoloni (R$ 170 mil), Cavalca Construções (R$ 100 mil), Construtora Central do Brasil (R$ 100 mil), Contax (R$ 100 mil), Alusa Engenharia (R$ 70 mil), Paranapanema (R$ 50 mil), Carlos Roberto Nunes Lobato (R$ 50 mil), José Maria Ribas Muller (R$ 50 mil), Cimento Itambé (R$ 50 mil), Brookfield Brasil (R$ 30 mil), Ecoplan Engenharia (R$ 25 mil), Arteleste Construções (R$ 25 mil), Fidens Engenharia (R$ 25 mil) e Enpa Engenharia (R$ 25 mil).

Nota-se que Gleisi recebeu R$ 510 mil de três diretores da construtora Sanches e Tripoloni, a empreiteira responsável pela construção do Contorno Norte, em Maringá – obra suspeita de superfaturamento e investigada pelo TCU – e que custou R$ 412 milhões. Gleisi e seu marido, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) foram acusados ainda de usar o jatinho da empreiteira na campanha de 2010.

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