terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A igualdade de renda é moralmente indefensável e seu legado é humanamente trágico


O desejo de se impor uma igualdade de renda — ou, colocando mais suavemente, o desejo de se reduzir a disparidade de renda — requer necessariamente o confisco dos lucros. Tal medida não apenas iria abortar a criação de fortunas, como também iria suprimir todo o progresso econômico.

Defensores da igualdade de renda não entendem absolutamente nada de lucros, inovação, investimentos e capital. Eles genuinamente acreditam que riqueza é simplesmente um amontoado de bens de consumo. Os capitalistas, a quem eles desprezam, supostamente detêm uma grande fatia deste amontoado de bens de consumo. Logo, uma parte deste amontoado tem de ser confiscada e redistribuída para as massas famintas.


Como consequência direta deste raciocínio, a imposição da igualdade de renda nada mais é do que uma política de confisco. O capital de uma parte da população deve ser confiscado, redistribuído e consumido — trata-se de um caso em que comer a semente dos cereais irá matar a todos de fome.

Proponentes desta igualdade são deliberadamente ignorantes em economia. Eles são movidos pela inveja e pelo ressentimento, e não percebem que estão mordendo a mão que os alimenta. As bases de sua filosofia são o socialismo e o comunismo. Stalin e Mao são seus heróis. Inanição, campos de trabalho forçado, e democídio são o seu legado.

Dado que as pessoas são naturalmente desiguais em quesitos como inteligência, ambição, ambiente familiar e disposição para o trabalho duro, elas jamais serão economicamente iguais. A igualdade econômica só pode ser alcançada se for imposta pela força, na forma de roubo e escravidão.

Portanto, não basta apenas dizer que "igualdade econômica imposta pela força é um objetivo inerentemente imoral e cruel." É necessário dizer que a igualdade econômica é um objetivo inerentemente imoral e cruel porque só pode alcançado por meio da coerção, da violência e da escravidão. Não há outra maneira.

Proponentes da igualdade econômica, tanto os conscientes quanto os inconscientes, são defensores da maldade. Seu objetivo é maléfico. Eles devem ser implacavelmente desmentidos ao dizerem que suas intenções são boas e nobres. É impossível haver boas intenções quando o objetivo almejado é perverso e nocivo.

"Boas intenções" da parte de comunistas são tão sensatas e nobres quanto "boas intenções" da parte de assassinos e estupradores. Pelo menos, e ainda bem, nenhum apologista alega "boas intenções" de assassinos e estupradores quando eles cometem seus crimes. Mas "boas intenções" sempre são alegadas por comunistas quando eles assassinam suas centenas de milhões de vítimas.

Nesta época amoral em que vivemos, aquilo que é perverso passou a ser visto como algo nobre. Dizer que você ama os pobres e quer fazer com que ricos e pobres sejam economicamente iguais é uma postura que lhe garante o certificado de pessoa sensata e bondosa.

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1802

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