domingo, 18 de janeiro de 2015

"Existem muçulmanos moderados, mas não existe um Islã moderado."

A advogada francesa Jeannette Bougrab, que integrou o governo Sarkozy, era companheira do chargista Stéphane Charbonnier, a alma do jornal satírico Charlie Hebdo. Filha de pai argelino, muçulmano, ela é uma defensora ferrenha da laicidade. A seguir, O Antagonista reproduz algumas das falas dessa mulher corajosa, depois dos atentados em Paris:

-- "Existem muçulmanos moderados, mas não existe um Islã moderado."

-- "São necessários 25 homens para vigiar um terrorista. Em cada 4 muçulmanos, um é fundamentalista."

-- "Eu acuso todos os movimentos de esquerda que crucificaram esses defensores da liberdade como islamofóbicos."

-- "Eu não compreendo mais este país. O que ocorre na França onde se matam pessoas porque elas desenham? Por que não se faz nada contra as redes sociais que se tornaram reservatórios de ódio?"

-- " Stéphane foi morto porque defendia a laicidade, defendia o espírito de Voltaire, ele era fruto desse ideal. Morreu de pé, executado com seus camaradas, e só se pode sentir orgulho dele. Todos esses desenhistas merecem o Panteão. Eles lutaram pelos princípios e liberdades cuja defesa foi esquecida. Eles morreram para pudéssemos permanecer livres neste país, na França."

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