domingo, 7 de junho de 2015

A FIFA É AQU. A HERANÇA MALDITA DE UMA COPA DO MUNDO MOVIDA A PROPINA. O POVO BRASILEIRO PAGA A CONTA.



A partir de um levantamento inédito, VEJA analisou balanços financeiros de concessionárias das arenas, um ramo de negócios praticamente inaugurado com a Copa - antes, elas eram tocadas pelo poder público ou pelos clubes. A pesquisa mostra que as obras nos doze estádios atingiram um valor total de 8,4 bilhões de reais, 42% acima do previsto. Nenhum deles conseguiu os patrocínios, as concessões comerciais e a lotação das arquibancadas que garantem lucratividade. O resultado é um prejuízo que chega a quase 700 milhões de reais, sendo 600 milhões nos seis que se preparam para sediar a Olimpíada do Rio, em 2016. Que a Arena Amazônia, de Manaus, daria prejuízo era sabido e anunciado. Mas e o Maracanã? O Mineirão? Os consórcios de empreiteiras que assumiram a gestão desses dois estádios contavam com o efeito da Copa padrão Fifa (ah, esse padrão), que voltaria a encher as arquibancadas de torcedores animados com as instalações novas e modernas e os craques em campo. Deu-se o 7 a 1, o torcedor continuou em casa, os craques se foram e a dura realidade se sobrepôs.

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