domingo, 26 de julho de 2015

R$ 632 MILHÕES EM PROPINA PARA PT/PMDB


 
 


O Ministério Público Federal afirma que as duas maiores empreiteiras do País, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, pagaram R$ 632 milhões em propinas para obter contratos bilionários na Petrobrás. Nesta sexta-feira, 24, a força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou criminalmente os presidentes das construtoras – Marcelo Bahia Odebrecht e Otávio Marques de Azevedo, ambos presos desde 19 de junho – e outros 20 investigados, alguns ligados a eles, um funcionário da Petrobrás e operadores de propinas.


Os 22 são acusados de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Alguns acusados estão presos preventivamente desde o dia 19 de junho, quando foi deflagrada a 14ª fase da Operação Lava Jato – batizada Erga Omnes. Na denúncia da Andrade Gutierrez são 13 acusados, por 167 atos de corrupção, no total de R$ 243 milhões, e 62 atos de lavagem de dinheiro, envolvendo um montante de R$ 6,79 milhões e US$ 1 milhão.


 A denúncia da Odebrecht são 13 denunciados também, por 56 atos de corrupção, no total de R$ 389 milhões, e 136 atos de lavagem, no total de R$ 1 bilhão. São mais de R$ 7 bilhões buscados de ressarcimento. Quatro acusados – o ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa (Abastecimento), o ex-gerente de Engenharia Pedro Barusco, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque – são citados nas duas denúncias.


No caso da Andrade Gutierrez, a denúncia envolve obras em oito unidades da Petrobrás, entre elas o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), a Refinaria de Paulínia (Replan), em São Paulo, as obras no Cenpes (centro de pesquisa da estatal), no Rio e o Gasoduto Urucu-Manaus. São R$ 8,94 bilhões em obras.


Já no caso Odebrecht, a denúncia envolve a construção do edifício sede da Petrobrás, em Vitória (ES), entre 2006 e 2014, o contrato da Braskem de compra de nafta da Petrobrás e os contratos em refinarias e no Comperj – dentro do esquema de cartel, denunciado inicialmente pela Lava Jato.


Pelo esquema, PT, PMDB e PP fatiavam diretorias na estatal, por meio das quais arrecadavam de 1% a 3% nos contratos bilionários fechados com empreiteiras de um cartel. “Nos aproximamos da verdade por meio de provas e documentos”, disse o procurador da República Deltan Dallagnol.Foi uma alusão aos extratos bancários enviados pela Suíça que, segundo o Ministério Público Federal, comprovam que a Odebrecht pagou propinas “em valores elevados” no exterior a ex-diretores da estatal petrolífera.





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